quinta-feira, 15 de outubro de 2009

As relações do PMDB com o PT no Pará


Se Ana e Jader realmente romperem sobra ao PT algumas possibilidades. PDT, PSB, PCB, PR - difícil - PC do B e PV, todos pequenos, de pouca densidade eleitoral, com número de lideranças reduzidas e com pouco espaço na TV. Mas o plano B do Governo passa por um partido um pouco maior, o PTB. Ou melhor, passa por uma aliança com Duciomar Costa, prefeito de Belém. Seu PTB já é um partido considerado médio, com tentáculos mais espalhados pelo estado. E só. Não sobraria outra opção ao PT. Lógico que PSDB e DEM estão fora do páreo para uma aliança com os vermelhos, assim como o PP que deverá seguir a antiga aliança - mas este é outro pequeno partido. O PSB deve ter candidato próprio ou pode até partir para uma coligação com PDT, PSB e PV que imaginam uma terceira via e até já iniciaram essas conversações.Com este quadro posto, a certeza mesmo de aliança passaria pelos já históricos aliados PCB e PC do B, muito pequenos e sem condição de dar a candidata do partido maiores chances de vitória.Outro cenário que se alinha é uma aliança entre PSDB, PMDB e DEM, podendo inclusive levar com eles o PP de Gérson. Neste quadro estaria estabelecido o maior tempo de veiculação na propaganda partidária e um balaio de líderes que vão de Jader, Simão, Valéria, Priante, Couto, Gérson, Wlad, Elcione, Vic e até Almir - sim, ele já admitiu em Bertioga que está disposto a falar com Barbalho. Ducimar seria então o aliado com maior força ao lado de Ana. O problema é que o prefeito vem sofrendo um desgaste considerável nos últimos tempos e talvez esteja em situação não muito confortável em 2010.Densidade eleitoral mesmo o PT alcançaria junto ao PMDB.E o problema é este, ambos sabem disso mas o PT empurra esta conversa o quanto pode e o PMDB dá mostras que já não pode mais esperar.Cortejado por todos os lados o PMDB tem a real dimensão de seu tamanho, importância e abrangência estadual - seja para o PT, seja para o PSDB, seja até para sair com candidato próprio - e resolveu de vez "explicar" isso aos aliados do momento, em uma aliança desgastada mais nem por isso irrecuperável. Nesta hora seria prudente que o PT, ou mesmo o governo, chamassem os líderes históricos do partido para conduzirem esse assunto, enquanto o problema entre PT e PMDB é reversível, até porque parece que o Governo não vem conseguindo conduzir um acerto. E no quadro atual, PSDB e DEM saem na frente nacionalmente - o que influencia e muito as eleições estaduais, em qualquer estado - e tem hoje a candidatura Serra como certa, e ele está líder em todas as pesquisas. Por outro lado o PT não tem Lula como candidato a presidente pela primeira vez, tem uma candidata que passa por problemas de saúde - e sabe-se lá como estará daqui a seis meses.Já passou da hora do PT estabelecer uma conversa séria com o PMDB ou daqui a pouco, pelo andar da carruagem, os peemedebistas não estarão mais dispostos a este diálogo.Resta saber se este risco o PT e o governo estão disposto a correr.

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