Não bastasse o PSDB, o DEM é hoje novo palco de disputa entre os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas, Aécio Neves.
Em confronto com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e com seu antecessor no cargo, Jorge Bornhausen, o presidente nacional do DEM, Rodrigo Maia, já não esconde a preferência e defende abertamente a candidatura de Aécio à Presidência.
Em conversas, Maia alega que Aécio tem mais potencial de crescimento, além de não encarnar a polarização com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O deputado diz ainda que Aécio teria capacidade de ampliar o arco de alianças, atraindo partidos que compõem a base do governo federal.
Recentemente, passou a defender a antecipação da escolha do candidato do PSDB à Presidência, a exemplo do que propõe o próprio Aécio.
Maia já manifestou sua opinião a integrantes do partido. Num seminário organizado por democratas em São Paulo, chegou a fazer enquete com parlamentares da sigla.
Cercado de deputados e senadores, questionava "quem é o melhor candidato" para comprovar a tese de divisão no partido.
A atitude de Maia é apenas um capítulo da queda de braço interna do DEM.
De um lado, estão Bornhausen e Kassab. De outro, Maia, ACM Neto, e os líderes do DEM no Senado, Agripino Maia, e na Câmara, Ronaldo Caiado.
Os grupos duelam desde março passado, quando protagonizaram discussão em Brasília.
Alijado de um jantar oferecido por Kassab a presidentes de partidos aliados ao PSDB, Maia protestou contra a concentração de decisões em São Paulo.
Ele reclamou ainda da ideia de subordinar as alianças estaduais à candidatura do PSDB à Presidência. À época, alegou que o partido precisava engordar a bancada para sobreviver.
Deu na Folha de São Paulo
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