domingo, 17 de julho de 2011

“Adeus, meu javali”

Henrique Costa foi saudado com um coro de vaias pela população. As vaias foram a forma que a população encontrou para demonstrar sua insatisfação com a administração desastrosa e atolada em denúncias de corrupção. Foi a forma que aqueles indivíduos, em sua grande maioria eleitores dele, encontrou para protestar contra um prefeito que vendia solução mágica para os problemas estruturais de Juruti, mesmo sabendo da complexidade deles.

Encurralado pela opinião pública e pela justiça, a administração do Prefeito Henrique Costa dá sinais que está no fim.

“Adeus, meu javali”. Não sinto animosidade pelo Prefeito Henrique Costa. Pelo contrário. Sou-lhe grato. Só tenho boas recordações do período que ele esteve à frente da Prefeitura de Juruti. Acompanhei seu governo como se acompanha um filme vagabundo. Henrique foi meu porquinho de estimação, durante esses mais de sete anos a frente do executivo municipal.

Em uma semana, Henrique Costa aparecia diante de mim como uma rainha. Em outra, ele assumia a forma de uma princesa. Em outra, de uma besta demoníaca, de uma cobra, de um Javali. Sim, antes que alguém me pergunte, estou fazendo um paralelo pernóstico. Há um Javali na Prefeitura? Talvez eu esteja enganado? Talvez Henrique seja um grande administrador? Será?

Conversei outro dia com um amigo que é jornalista, e ele discordou de minhas crônicas onde critico o governo do Petista Henrique Costa, de uma forma muito elegante, como só um intelectual como ele poderia discorrer em relação ao assunto. Ouvi atentamente cada analise de conjuntura que ele fazia. Ele fez um paralelo entre os governos de Isaias Batista e de Henrique Costa.

A verdade que os assuntos de minhas crônicas nunca foram propriamente falar do Prefeito Henrique Costa, e sim os instintos malignos que ele era capaz de despertar em cada um de nós. O conformismo. O analfabetismo. O parasitismo. A venalidade. A poltronice. A desfaçatez. A impunidade. Henrique é o símbolo de nossas características mais regressivas, de nosso atraso intelectual. Henrique é o nosso mal que não foi necessário. Ele vai passar. O que me assombra é o que permanece.

Alex Mendes

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