segunda-feira, 16 de abril de 2012

SUPERENTENCIA DO INCRA DESCOBRE FRAUDE E É EXONERADO


Francisco Carneiro, Adalberto Anequino e Luiz Bacelar, descobriram fraude

Francisco Carneiro, Adalberto Anequino e Luiz Bacelar, descobriram fraude

Pouco se viu no município de Santarém exoneração do grupo de comando de uma Instituição. Na tarde da última segunda-feira, 9 de abril, ocorreu a destituição dos cargos do Superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Francisco Carneiro e do diretores Adalberto Anequino e Luiz Bacelar, todos indicados pelo PMDB através do deputado federal José Priante ganhou destaque na mídia. A saída dos servidores aconteceu após descobrirem e mandarem investigar um desvio de verbas para a construção de casas em assentamentos na localidade de Juruti Velho, no município de Juruti. Segundo informações, a Superintendência do Incra estava investigando o desvio de verbas feito pelo presidente Associação de Moradores do Distrito de Juruti Velho (Acorjuve), Gerdeonor Pereira dos Santos.

Causa da demissão: Segundo informações prestadas à nossa reportagem pelo ex-Superintendente Adjunto do Incra, Adalberto Anequino, o presidente da Associação de Moradores do Distrito de Juruti Velho (Aconjuve), Gerdeonor Pereira dos Santos, teria recebido do governo Federal, através do (Incra), uma verba de quase 30 milhões de reais que seriam destinados a construção de 1200 casas populares. Porém, o investimento dado pelo órgão Federal serviu para menos da metade dessas casas populares. A maior parte das casas deixou de ser feita. O fato é que as casas não foram construídas e a verba desapareceu.

Tanto o presidente da Aconjuve, Gerdeonor como o advogado da Associação, Dilton Tapajós, não souberam esclarecer o que foi feito com os quase 30 milhões que seriam destinados a construção do restante das casas populares.

A versão dos demitidos: Nossa reportagem conversou por telefone com um dos diretores exonerados, Adalberto Anequino. Ele explica que foi enviada uma equipe na área de assentamento de Juruti pelo Superintendente Francisco Carneiro, para investigar sobre o desvio de verbas. E foi constatada a ilegalidade. “Nossa equipe ainda está no local e temos documentos comprovando quem é o culpado desse desvio”, disse Adalberto. Ele diz que o presidente da Associação é petista e recebia apoio do prefeito do município de Juruti.

O anúncio da demissão em massa foi divulgado de terça-feira, dia 10, no Diário Oficial da União. A direção do Incra fica interina, ao cargo de Hugo Mota Lima, indicado pelo deputado federal Beto Faro (PT).

Outro que também foi exonerado do cargo, o oriximinaense Luiz Bacelar, disse à reportagem que nada foi avisado sobre essas demissões, embora tenha sido um acordo político. Bacelar disse que o Incra funciona com 4 chefias. “Cada uma tem seus programas e recursos individualizados, que só são gastos com autorização de cada chefia. Sobre a “suposta” fraude dentro do órgão não tem nada comprovado, haja vista que o parecer do Juiz Federal isenta Francisco Carneiro, bem como nada tem a ver com meu nome e nem do Adalberto Anequino, já que nenhuma denúncia foi feita contra nosso nome”, disse Bacelar. “Saímos todos por um ato do presidente do Incra, que entendeu de tirar os indicados pelo PMDB, num ato que já está sendo questionado com a ministra das Relações Institucionais, e em breve teremos uma posição real e aí vai aparecer a verdadeira causa dessas demissões”, finalizou Luiz Bacelar.

Por: Alciane Ayres

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