domingo, 13 de setembro de 2009

A floresta vale mais em pé do que destruída


Por: Alex Mendes
A imagem nós convida a reflexão. Quanto vale o preço do progresso? Na minha concepção à floresta vale mais em pé do que destruída. Senhores a Amazônia já está ocupada. Entendam isso pelo amor de Deus. A Amazônia está ocupada pelo amais sublime, pelo mais intrigado, pelo mais sofisticado complexo biológico do universo; cada árvore, cada ser, tem seu lugar devido.

Senhores, eu lhes trago uma mensagem e tenho certeza que ela encontra ressonância no alto descortino, na sabedoria e na clarividência dos senhores, é o recado do meu povo, é o recado do índio, das matas, das águas, das cachoeiras. Cujo contexto desse recado é uma exortação, é um pedido, é uma súplica para uma nova tomada de posição, para um novo comportamento, e uma nova atitude em face e no trato da problemática Amazônica, infelizmente tão desvirtuada, tão maltrata pelos pseudos-planejadores, pelos pseudos-economistas, pelos pseudos-biologos que ainda não entenderam, ainda não compreenderam que economia é um capitulo da ecologia, e que não se pode estabelecer a dicotomia homem-ambiente.

Sabe-se hoje que floresta Amazônica é diferente, de qualquer outra que exista no sistema planetário. De Mercúrio a Platão, nada se iguala à floresta Amazônica.

Amazônia encerra um segredo ainda a desvendar, mas um segredo intrincado, um verdadeiro quebra-cabeça.A Amazônia não é um ecossistema como esperavam que fosse.

A Amazônia é constituída de múltiplos, infindáveis ecossistemas, emaranhados, imbricados e entrelaçados, cada um responsável por um comportamento e por uma finalidade, levando todos ao resultado e ao somatório deste equilíbrio fitozoológico que deslumbra todos os estudiosos que pervagam pela região.

Há , prefeitos, irmão amazônicos que ainda não fizeram um estudo cuidadoso do que representa aquele segredo, aquele mistério biológico. A Amazônia é complemente diferente. É uma floresta que não depende do solo. Ela depende da água, depende de sua biomassa e da atmosfera, que é lavada pelas chuvas intermitentes.

A floresta Amazônica se serve da chuva, que lava a atmosfera. Nessa atmosfera a resíduos de sais minerais, há resíduos de nutrientes que estão em suspensão e que a chuva leva para o primeiro patamar de copa. Esse patamar recebe água, que vai se infiltrando, até que, ao chegar ao solo chega carinhosamente, sem insultar a biomassa, esse laboratório onde há milhares de microorganismos que ainda não foram classificados, ainda não foram identificados, microorganismo tanto vegetais quanto animais, vivendo num trabalho incessante, em harmonia com a raiz das plantas Amazônicas, que são raízes epigéias, são raízes que espraiam sobre o solo. Não são raízes pivitantes: são raízes que caminham sobre o solo em busca da convivência com esta biomassa, onde acontece o fenômeno de reciclagem. Senhores é preciso explicar o que nem os Amazônidas sabem, porque é um estudo especializado. No entanto, já foi feito por herald sioli, herbert schubert, vannzolinig stark, eneas salati, dirceu leite entre outros tantos.

Sei que é difícil explicar, é difícil modificar estruturas mentais, preconceitos, raciocínio, esquemas, que já vêm sendo adotados há séculos, há milênios; será difícil explicar para alguém que a economicidade da Amazônia não está na árvore, está no peixe ou está no que se pode tirar da árvore, naquilo que as essências ofertam, como a castanheira, o látex das euforbiáceas.

Nós podemos fazer proteínas de todas as euforbiáceas amazônicas; será uma proteína de difícil digestão, mas poderá suprir o mercado da fome daqui a cem a duzentos anos. Senhores, temos a proteína do peixe, altamente assimilável, e os mananciais amazônicos podem se transformar em viveiros, em fazendas aquáticas, capaz de abastecer a população do mundo.Por que não entender a floresta amazônica como peça dessa usina protéica? A Amazônia é uma usina protéica, é uma fábrica de proteínas. Por que não entender a floresta como uma peça, assim como a chuva, assim como o rio, assim como o calor, assim como a umidade, que são outras peças dessa usina.

A Amazônia é uma gigantesca e opulenta usina protéica natural, construída pela consciência cósmica durante milhões de anos, e desde que compreendida, potencializada ou estimulada em larga escala de produção, nos seus princípios originais de acordo com ditames da natureza, será capaz de alimentar a humanidade até a consumação dos séculos.Por outros lado vejo a estupidez, crassa incompetência e crime de lesa-humanidade, deixar implantar na Amazônia projetos econômicos que impliquem na derrubada da floresta nativa, destruir ecossistemas que guardam segredos biológicos ainda não desvendados e fabricam complexas cadeias de hidrocarbonetos, de substanciais orgânicas capazes de saciar a fome do mundo.Dilapidar a floresta Amazônica é ato pecaminoso e suicida desta civilização antropofágica imediatista, estimulada pela megatecnologia consumista, concentradora de riqueza em mãos de poucos, em detrimentos da maioria esmagadora dos habitantes da terra, sufocados, famintos e desesperançados.

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