- A entrega do ex-deputado Wallace Souza ao secretário de Justiça, Lélio Lauria, causou insatisfação e revolta entre policiais que há 10 meses investigam a organização criminosa (Orcrim) supostamente comandada pelo ex-parlamentar e seu filho, Rafael Souza. "O mandado de prisão é claro. Teria de ser cumprido por uma autoridade policial. O Lélio Lauria não é autoridade policial, é um secretário de estado", disse ao Blog um integrante da Força Tarefa, revoltado com a intromissão do secretário, que teria, segundo sua visão, armado um show destinado a melhorar a imagem do ex-parlamentar para a opinião pública. “Isso foi uma traição dentro do governo, porque afetou a Policia”, disse ele. O Blog aceitou não divulgar o seu nome para não acirrar os ânimos no governo.O procedimento correto seria Wallace ser conduzido primeiro para a Delegacia Geral de Polícia Civil, onde a delegada Cristina Portugal, que pediu a sua prisão, iria ouvi-lo. Em seguida ela assinaria um oficio encaminhando o preso ao Instituto Médico Legal, para exame de corpo de delito. Lélio evitou que Wallace fosse encaminhado para a delegacia, aceitando o argumento da defesa do ex-parlamentar, que não queria a sua exposição para a mídia. "Quando Balieiro conseguiu convencer o secretario, ligou imediatamente na frente de Lélio para uma rádio e informou que o deputado havia se entregado. Nem a polícia sabia de nada. Fizeram tudo da maneira como o advogado de Wallace pediu. Isso é uma vergonha, não somente para nós policiais, mas para o poder Judiciário, que foi driblado pelo advogado e por Lélio Lauria, que nem autoridade policial é", disparou um integrante da força tarefa, revoltado com o show criado por Lauria e Balieiro para a apresentação de Wallace Souza. A insatisfação também atingiu aos promotores que integram a força tarefa. Eles sentiram-se traídos por Lauria, que em entrevista coletiva a imprensa, garantiu que desde ontem à noite costurou a entrega de Wallace Souza.
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