terça-feira, 1 de dezembro de 2009

UM PARTIDO HUMILHADO



Como sempre, é este seu blog o que atiça os mais interessantes debates. Mas, neste caso, com todo o respeito, o seu texto parece refletir uma torcida sua, um desejo para que - em favor de quem posso imaginar, mas não posso dizer - o entendimento entre PT e PMDB não se concretize. Se você ler quase todas as matérias publicadas no e pelo Diário do Pará nos últimos dois meses meio, verá que o PMDB, Helder Barbalho incluído, fala com toda firmeza em fim da aliança e candidatura própria. Tratando como desejo das bases, como reação dos parlamentares ou mesmo como alternativa ao desgaste do governo e da governadora, o diário dos Barbalhos, suas emissoras de rádio e TV, os Barbalho e o PMDB, enfim, afirmavam sem vírgulas e senões, que o caminho seria a candidatura própria, com o tal do desembarque do governo antes.Se você ler a matéria escrita por Rita Soares, vai perceber uma clara mudança de discurso. Ou seja, o PMDB e os Barbalhos confirmam aquilo que só não via quem não queria: não sairão do governo e não terão candidato próprio a governador, tampouco estarão com outro partido que não o PT.Como não disse mas deixou claro Helder Barbalho, o PMDB não apenas não sai, não larga o osso que mantém como quer mais. Pedem mais, muito mais - para não dizer chantageiam a governadora por meio do poder parlamentar e de mídia que têm. Querem a vice, querem o TCE, querem a Sespa, querem a Setran. Isso só confirma que eles não sairão. Têm certeza de que minaram suficientemente o governo para tê-lo com refém, exigindo um prêmio alto para pôr fim à angústia petista.(Vale sempre refazer a pergunta que em si já é uma resposta: por que não abandonaram de vez esse “governo ruim”, há meses? Por que se apegam aos cargos que ainda têm? Dinheiro e poder os prendem? Não apenas. Sobrevivência.)Mas, vamos ao que disse D. Helder:* Ele classifica as relações como “frias e distantes”. Antes dizia que eram impossíveis, insuportáveis e defendia o desembarque logo, com candidato próprio ou apoio a quem quer que seja, menos Ana Júlia.* “Quem deve definir relações - se mais próximas ou mais distantes - é ela” (a governadora). Ou seja, nós fizemos mais pedidos, agora ela nos dá o que queremos e vamos marchar juntos. Antes: sem chance de refazer a relação.* Segundo a matéria, Helder diz que o partido (PMDB) não descarta renovar a aliança, mas pensa, sim, em uma candidatura própria.” Muito diferente de “não dá mais. Vamos seguir nosso caminho”.* “Naturalmente que se o PT repactuar a maneira de administrar o estado, poderemos debater essa relação...”. Repactuar significar atender as exigências do partido. Helder volta a falar nisso porque acredita que a governadora será instada pelo PT nacional ou pelo presidente Lula a ceder “pela paz no Pará”.-----------------------------------

Nenhum comentário:

Postar um comentário