sábado, 27 de fevereiro de 2010

PMDB DO PARÁ REBATE CRITICAS DO DEP. JOSÉ GERALDO


“O deputado Zé Geraldo não tem autoridade moral para chamar os deputados estaduais do Pará de irresponsáveis pelo fato de eles não quererem ceder aos caprichos do governo. O PMDB serve ao Pará e não ao PT”.
Foi dessa forma, em tom de revolta e indignação, que o deputado Parsifal Pontes, líder do PMDB na Assembleia Legislativa, reagiu ao pronunciamento do deputado federal Zé Geraldo (PT) feito na Câmara Federal ontem.Na fala, Zé Geraldo teceu críticas ao PMDB do Pará e cobrou dos deputados estaduais “mais agilidade e responsabilidade para a aprovação do empréstimo de R$ 366 milhões”, que o governo pretende obter junto ao BNDES com a autorização do Legislativo. Lamentou ainda que o PMDB “não esteja contribuindo no processo de aprovação do empréstimo”.
Pontes deixou claro que Zé Geraldo não pode pensar que o PMDB é um agregado subalterno, pronto para votar qualquer coisa do governo em troca de cadeiras vazias. “como, aliás, vazia já está a cadeira que deverá sentar Everaldo Martins, o novo chefe da Casa Civil, tomado de assalto por Zé Geraldo, talvez achando que lá ficaria o cofre”, disse o peemedebista.
O deputado coloca que o governo do Pará já deve ter satisfeito os interesses do deputado Zé Geraldo. “Há poucas semanas, a governadora Ana Júlia foi ameaçada, por ele, de prévias dentro do PT, pelo fato de lhe querer tirar as tetas do Incra. Mas, se o deputado pensa que este tipo de chantagem funciona com o PMDB, está redondamente enganado: do lado de cá ele dará com a cara na parede”, avisa.
Parsifal Pontes observou que talvez o governo ainda não tenha atendido alguma demanda ao deputado e seu grupo político. “Talvez o governo precise do empréstimo de R$ 366 milhões para fazê-lo. Por isto talvez agora esses arroubos cívicos em dar com uma mão, com a outra pronta para receber”.
DESCASOPara justificar seu pedido, o deputado petista lembrou que durante muitos anos “o Pará foi praticamente desprezado pelos presidentes da República anteriores no que se refere aos investimentos significativos em áreas estruturantes”, e de que o Estado também foi vítima do “descaso de gestores que não fizeram investimentos em políticas públicas para atender as necessidades de interiorização do desenvolvimento regional”.
Cita ainda os reflexos negativos da crise econômica internacional e da desoneração das exportações.Em dado momento de seu pronunciamento, Zé Geraldo reconhece que o PMDB é um partido importante no Pará, com uma significativa bancada, tendo conquistado a presidência da Assembleia e da Comissão de Finanças da casa.
“O PMDB ajudou substancialmente na aprovação de autorização de empréstimos que já somam mais de R$ 2 bilhões ao governo. Onde estão as obras essenciais que justificam este montante?”, questiona. “O Pará continua sem ver o resultado do dinheiro e o PMDB não vai se pautar por discursos deste tipo para tomar decisões”, sentencia.
Ao taxar a postura do PMDB de “equivocada”, Zé Geraldo cita que “não é aceitável esta prática antagônica ao desenvolvimento do Estado por parte da AL e do Poder Legislativo estadual”.O peemedebista diz ainda que nas negociações políticas que faz no varejo, o governo promete “pulverizar o numerário milionário em prendas que não são essenciais ao Pará, mas apenas substanciais ao governo e ao PT.
E os interesses deste incauto governo do PT, não têm sido coincidentes com os interesses do Pará”.A situação da saúde, educação e segurança pública no Estado são provas incontestes, diz o deputado, que o governo não usa de forma eficaz o que o povo lhe retorna em forma de impostos.
“Ora, não seriam responsáveis o PMDB e os deputados estaduais, a dar mais dinheiro a quem não soube tomar e aplicar, mais de dois bilhões de reais já concedidos”.Se o deputado Zé Geraldo quer fazer o jogo de cobrança de responsabilidades, observa Parsifal, “pode vir quente: o PMDB está fervendo e com bastante lenha embaixo da panela. Inclusive, faz parte da lenha as vultosas verbas do Incra no Pará, onde o deputado Zé Geraldo tem assento em uma das cabeceiras da mesa”, acusa o peemedebista.

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