Flerte com tucanos e ameaça de candidatura própria ao governo complicam a aliança
Josie Jeronimo
A aproximação do deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) com o PSDB do Pará e a rejeição à governadora Ana Júlia Carepa (PT) tem abalado a cúpula petista. Para resolver o problema, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já escalou três aliados de peso para negociar a aliança entre PT e PMDB no estado. O presidente do partido, José Eduardo Dutra, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o ex-ministro José Dirceu já tentaram convencer o PMDB a repetir no Pará a aliança nacional ensaiada entre as siglas.
Preocupada com o desempenho eleitoral de Simão Jatene, pré-candidato tucano ao governo, e também de Jader, que já anunciou candidatura para vaga no Senado, Ana Júlia foi bater à porta do deputado do PMDB, seu vizinho de condomínio, para tentar estreitar os laços. Mas nem os acenos do PT nem a visita de cortesia convencem Jader. O deputado até tem como prioridade receber a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, em seu palanque, mas não quer apoiar Ana Júlia. Isso não significa, no entanto, apoio ao tucanato. Jader adotará uma política de não agressão ao PSDB sem oficializar suporte a Jatene.
Para isso, lançaria mão de um candidato-tampão. José Priante (PMDB), sobrinho dele, é o nome mais cotado. Priante confirma que o PMDB tem conversado com os tucanos, mas acena que a hipótese da candidatura própria cresce à medida que o partido se afasta de Ana Júlia. O PMDB perdeu pelo menos seis grandes cargos no governo, entre secretarias e autarquias. “O estado parou. O Jader está sentado em cima da bola. Não diria que a aliança com o PT está descartada, mas é improvável. O problema é a forma como o governo tem tratado o PMDB. Temos um projeto nacional, que é a candidatura da Dilma, mas hoje, no Pará, o PMDB é o maior partido”, afirma Priante.
Solução à mineira
A estratégia política do partido é ficar em cima do muro no primeiro turno e vender a peso de ouro o apoio do PMDB à governadora se a disputa seguir empatada para o segundo turno. Os peemedebistas do estado querem barganhar junto ao governo federal fatia maior no comando do setor energético em um eventual governo de Dilma Rousseff. A única esperança do PT para sair do xeque eleitoral capitaneado por Jader vem de Minas Gerais. Petistas calculam que o apoio do partido para que o senador Hélio Costa (PMDB-MG) concorra ao Palácio da Liberdade pode garantir dividendos em outros estados. Ao abrir mão do segundo maior colégio eleitoral do país, o PT iniciaria uma barganha para conquistar o apoio do PMDB em outros estados.
Pré-candidato do PT ao Senado, o deputado Paulo Rocha (MA) ainda aposta na aliança. Pelo acordo original, Rocha seria companheiro de chapa de Jader na disputa pelo Senado. “Queremos manter a aliança que existe hoje. Já está acertada uma candidatura do Senado para o PT e outra para o PMDB”. A governadora já conseguiu apoio do PR. Pretende emplacar o vice-prefeito de Belém, Anivaldo Vale, como seu vice. Mas, para derrotar o PSDB, precisa do apoio peemedebista
Correio Brasiliense
Postado por BlogBelém às 16:54:00
Josie Jeronimo
A aproximação do deputado Jader Barbalho (PMDB-PA) com o PSDB do Pará e a rejeição à governadora Ana Júlia Carepa (PT) tem abalado a cúpula petista. Para resolver o problema, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já escalou três aliados de peso para negociar a aliança entre PT e PMDB no estado. O presidente do partido, José Eduardo Dutra, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o ex-ministro José Dirceu já tentaram convencer o PMDB a repetir no Pará a aliança nacional ensaiada entre as siglas.
Preocupada com o desempenho eleitoral de Simão Jatene, pré-candidato tucano ao governo, e também de Jader, que já anunciou candidatura para vaga no Senado, Ana Júlia foi bater à porta do deputado do PMDB, seu vizinho de condomínio, para tentar estreitar os laços. Mas nem os acenos do PT nem a visita de cortesia convencem Jader. O deputado até tem como prioridade receber a pré-candidata do PT, Dilma Rousseff, em seu palanque, mas não quer apoiar Ana Júlia. Isso não significa, no entanto, apoio ao tucanato. Jader adotará uma política de não agressão ao PSDB sem oficializar suporte a Jatene.
Para isso, lançaria mão de um candidato-tampão. José Priante (PMDB), sobrinho dele, é o nome mais cotado. Priante confirma que o PMDB tem conversado com os tucanos, mas acena que a hipótese da candidatura própria cresce à medida que o partido se afasta de Ana Júlia. O PMDB perdeu pelo menos seis grandes cargos no governo, entre secretarias e autarquias. “O estado parou. O Jader está sentado em cima da bola. Não diria que a aliança com o PT está descartada, mas é improvável. O problema é a forma como o governo tem tratado o PMDB. Temos um projeto nacional, que é a candidatura da Dilma, mas hoje, no Pará, o PMDB é o maior partido”, afirma Priante.
Solução à mineira
A estratégia política do partido é ficar em cima do muro no primeiro turno e vender a peso de ouro o apoio do PMDB à governadora se a disputa seguir empatada para o segundo turno. Os peemedebistas do estado querem barganhar junto ao governo federal fatia maior no comando do setor energético em um eventual governo de Dilma Rousseff. A única esperança do PT para sair do xeque eleitoral capitaneado por Jader vem de Minas Gerais. Petistas calculam que o apoio do partido para que o senador Hélio Costa (PMDB-MG) concorra ao Palácio da Liberdade pode garantir dividendos em outros estados. Ao abrir mão do segundo maior colégio eleitoral do país, o PT iniciaria uma barganha para conquistar o apoio do PMDB em outros estados.
Pré-candidato do PT ao Senado, o deputado Paulo Rocha (MA) ainda aposta na aliança. Pelo acordo original, Rocha seria companheiro de chapa de Jader na disputa pelo Senado. “Queremos manter a aliança que existe hoje. Já está acertada uma candidatura do Senado para o PT e outra para o PMDB”. A governadora já conseguiu apoio do PR. Pretende emplacar o vice-prefeito de Belém, Anivaldo Vale, como seu vice. Mas, para derrotar o PSDB, precisa do apoio peemedebista
Correio Brasiliense
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