sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Alcoa obtém Licença de Operação e vai inaugurar a mina de Juruti

A Alcoa já está operando a sua mina de bauxita no município de Juruti, no oeste do Pará. No dia 4 deste mês, a mineradora obteve da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema) a Licença de Operação da mina. Com a licença em mãos, a empresa confirmou para a próxima terça-feira, dia 15, a inauguração do empreendimento, como estava previsto.
Com a liberação da L.O, a Alcoa pode dar início de fato à exploração do minério, o beneficiamento (britagem e lavagem), o transporte até o porto e o embarque em navios cargueiros. A mineração já teve início e no porto já há bauxita, mas a empresa não confirmou se haverá um primeiro carregamento, pois a demora na obtenção da L.O atrasou o início da operação.
O presidente da Alcoa na América Latina e Caribe, Franklin Feder, estará presente à inauguração, que poderá contar ainda com a presença do presidente Luís Inácio Lula da Silva. A participação do presidente ainda não estava confirmada, mas a da governadora Ana Júlia Carepa é dada com certa.
Investimento de cerca de 3,5 bilhões de reais, a Mina de Juruti tem uma reserva de cerca de 700 milhões de toneladas métricas de bauxita. A produção inicial da Mina de Juruti atingirá 2,6 milhões de toneladas métricas por ano. A mina possui um terminal portuário com capacidade para acomodar navios de 75 mil toneladas. O porto está localizado a dois quilômetros do centro da município e fica à margem do Rio Amazonas.
As instalações industriais da área de beneficiamento de bauxita, situadas a cerca de 60 quilômetros da cidade, foram erguidas nas proximidades do platô Capiranga, a primeira área a ser minerada. A ferrovia tem aproximadamente 50 quilômetros de extensão e opera com 40 vagões, cada um com capacidade de 80 toneladas.
O PROJETO
O projeto teve origem em 2000, quando a Alcoa adquiriu a Reynolds ls e iniciou a prospecção mineral nos platôs Capiranga, Guaraná e Mauari. Ao se optar pelo investimento, foram elaborados Estudos de Impacto Ambiental-EIA e o Relatório de Impacto Ambiental-RIMA. Em Agosto de 2005 foram concedidas as Licenças Prévia e de Instalação, e em Junho de 2006, tiveram início as atividades de construção do empreendimento.
Já em 13 de Dezembro de 2007, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Pará concedeu a renovação das Licenças de Instalação de todas as estruturas da Mina de Juruti, abrangendo terminal portuário, rodovia e ferrovia, bem como infraestrutura para lavra e beneficiamento do minério de bauxita.
Desde o início das atividades do empreendimento, várias reuniões preliminares e audiências públicas foram realizadas com lideranças comunitárias, instituições públicas e privadas e outras partes interessadas, em Juruti, Santarém e Belém, das quais participaram até seis mil pessoas. Essas ações deram origem aos Planos de Controle Ambiental-PCAs e à Agenda Positiva.
São 35 programas que integram os PCAs, abrangendo ações de monitoramentos do clima, ar, ruídos, águas, conservação da flora e fauna, produção de mudas, educação ambiental, atendimento médico-sanitário e educacional, segurança pública, valorização e resgate da cultura local e apoio à elaboração do Plano Diretor do Município de Juruti, entre outras.
A Agenda Positiva compreende ações complementares voluntárias da Companhia que beneficiam diretamente a comunidade local - atende aos principais anseios manifestados pelos próprios jurutienses e assegura melhorias nas áreas de saúde, educação, cultura, meio ambiente, infraestrutura urbana e rural, segurança e justiça, e assistência social.

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