Por: Alex Mendes
Depois de sete anos se esbaldando nas tetas fartas do município, Henrique Costa petulantemente lança seu sucessor ao trono de Maconda. Para quem não conhece Maconda é a cidade surrealista criado por Gabriel Garcia Marques, onde os pobres levitam ao ingerir chocolate e os políticos vivem mais de duzentos anos. O nome do escolhido foi Marcos Aurélio, que tem nome de imperador.
César Marcos Aurélio Antônio Augusto, meu imperador preferido, seu reinado foi marcado por guerras. Foi o último dos cinco bons imperadores, e é lembrado como um governante bem-sucedido e culto; dedicou-se à filosofia, especialmente à corrente filosófica do estoicismo, e escreveu uma obra que até hoje é lida, Meditações.
Mais o que o Marcos Aurélio, vice de Henrique Costa, tem haver com o Imperador Romano? Nada, apenas o nome e nenhuma outra semelhança. Marcos Aurélio é um ilustre desconhecido na política Paraense. Seu único trunfo foi ser vice do petista Henrique Costa e ter permanecido calado diante de todos os indícios de corrupção do Governo petista. Marcos Aurélio e Henrique Costa são dois alpinistas sociais.
Vejamos a trajetória política de Marcos Aurélio. Já esteve no PMDB, depois no PL, depois no PTB e agora no PSD. É o que chamamos de político convencional, aquele que ascende uma vela para Deus e outra para diabo.
Enquanto o PT decide quem vai continuar administrado às tetas da Prefeitura, por mais quatro anos o povo chafurda na merda. São escolas inacabadas, ruas esburacadas, falta de médicos nos hospitais, salários de funcionários públicos atrasados e estudantes sendo transportados em canoas sem as mínimas condições de segurança.
Não chafurdam na merda os secretários, os parentes do prefeito, vice e os vereadores da situação a partir dos prepostos deles bem distribuídos pelos postos-chave da administração municipal. Não chafurdam na merda os puxa sacos, os laranjas, as garotas de programa e outros apaniguado do Prefeito. Tem um político inclusive que tem bom gosto.
Quem continua chafurdando na merda, junto com o povo, a educação e a saúde pública, sem recursos para atender demandas mínimas da população que mais delas necessita, por conta das migalhas que lhes são destinadas na sobra dos banquetes pagos com o dinheiro público. Chafurdam na merda os que dependem do transporte escolar nas comunidades do interior.
Sobre isto é que deveriam refletir os que tudo apostam, sem senso crítico, nas reduzidas e limitadas políticas públicas do atual governo. E sobre isto deve operar a oposição, que não se rendeu nem se vendeu. Sem sectarismo. Não se deixando embolar na hipocrisia e na cretinice que marcam os comportamentos destes políticos da conveniência.