A reunião dos rebelados do PMDB com Michel Temer nesta tarde foi uma espécie de terapia de grupo. Dos raios e trovoadas prometidas, pouco se viu.
Os rebeldes chegaram mansos e o que era para ser uma lavanderia de roupa suja acabou se tornando uma confraternização quando Alves pediu a palavra para lembrar que todos estavam na presença do presidente da República em exercício. Seguiu-se uma salva de palmas constrangidas e só então o muro das lamentações foi aberto.
Durante 45 minutos de conversa, houve espaço para toda sorte de reclamações: as emendas que não são liberadas, os ministros que só recebem deputados petistas, o Planalto que só libera informações privilegiadas para petistas e o velho mantra: o PMDB precisa deixar os ministérios desimportantes para ocupar seu real espaço no governo.
As orelhas de Ideli Salvatti e Gleisi Hoffmann derreteram. Até Alves pegou carona nas reclamações ao incentivar que todos da bancada assinassem o manifesto.
Consta que o único deputado a subir o tom de voz na reunião para reclamar foi o folclórico deputado gaúcho Alceu Moreira. Temer prometeu melhorar a interlocução com o Planalto e ficou tudo por isso mesmo: não houve sequer um prazo estipulado pelos rebelados para que o governo atenda as reclamações do PMDB.
Tags: Congresso, Henrique Eduardo Alves, Michel Temer, PMDB
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