A Alcoa e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) acabam de anunciar os projetos que serão apoiados neste ano pelo Fundo Juruti Sustentável (FUNJUS), estruturado para financiar iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável de Juruti, no Oeste do Pará, onde recentemente foi inaugurada uma unidade de mineração de bauxita pela Alcoa.
Das 67 cartas-consultas recebidas na primeira etapa de seleção, 41 se transformaram em projetos apresentados ao Fundo, 21 dos quais foram selecionados. Todos foram elaborados por organizações da sociedade civil jurutiense e foram selecionados pelo Conselho do FUNJUS, um colegiado independente responsável pela seleção dos projetos a serem beneficiados por essa iniciativa. A Alcoa destinará, ainda neste mês, R$ 480 mil e a Fundação Alcoa mais R$ 50 mil para o início da execução dos projetos selecionados.
Lançado em caráter piloto em Maio de 2009, o Fundo tem aporte inicial de recursos da Alcoa, mas foi desenhado para ter administração independente e contar com outros doadores. A Companhia destinará R$ 2 milhões nesta fase experimental, com duração prevista para dois anos. O FUNBIO, que desenvolveu o mecanismo financeiro, é o incubador do Fundo Juruti Sustentável e responsável pela coordenação técnica e administrativa, sob supervisão geral dos doadores.
Dos 21 projetos selecionados, seis estão relacionados à pesca ou à criação de peixes, ressaltando a forte relação entre o homem e a natureza como vocação local. A criação de tambaqui em tanques-rede, já apoiada em ações dos Planos de Controle Ambiental da Alcoa, ganhou a viabilidade para continuar em desenvolvimento, promovendo a segurança alimentar, a conservação das espécies que vivem nos rios e lagos, e novas oportunidades de geração de renda. "O resultado mostra um cenário de projetos de curto prazo, voltados para criação de alternativas de geração de renda e propostos majoritariamente por organizações de base comunitária", comenta Guilherme Figueiredo, coordenador da iniciativa no FUNBIO, responsável pela incubação do Fundo nessa fase-piloto.
A Associação Comercial e Empresarial de Juruti (ACEJ) também está entre as instituições que receberão recursos para implementar suas iniciativas. A Associação elaborou o projeto 5S nas empresas, visando melhorias na política de qualidade, produtividade e eficiência de 30 empreendimentos jurutienses. "Esse projeto foi pensado em parceria com o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), da FIEPA, visando melhorar as condições de organização do empresariado local para que possa concorrer competitivamente no mercado de Juruti, que é bem exigente", afirma Ronildo Bastos, da equipe que elaborou o projeto 5S.
Fonte: Redacão Ecoamazônia ( - - - )
Fonte: Redacão Ecoamazônia ( - - - )
A Associação dos Produtores Rurais e Pescadores Artesanais Assentados no Projeto de Assentamento Agroextrativista Valha-me Deus (APRAPAEVID) reuniu oito dos seus 102 associados para se dedicarem à elaboração do projeto "Pesca Milagrosa", que foi aprovado pelo FUNJUS e dará início às atividades ainda no primeiro trimestre de 2010.
"O objetivo é a criação de tambaqui em tanques-rede para ajudar na alimentação de muitas famílias carentes da região do Valha-me Deus", conta o presidente da APRAPAEVID, Enéas Bruce. "Vamos iniciar capacitando pessoas para cuidar dos alevinos, que são filhotes de peixes e, depois, trabalharemos na construção dos tanques para enfim comprar os alevinos e colocá-los no berçário para criação", explica Enéas Bruce, mostrando as primeiras etapas de execução do projeto. A associação espera beneficiar um total de 107 famílias assentadas na região do Valha-me-Deus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário