“Adeus, meu javali”. Não sinto animosidade pelo Prefeito Henrique Costa. Pelo contrário. Sou-lhe grato. Só tenho boas recordações do período que ele esteve à frente da Prefeitura de Juruti. Acompanhei seu governo como se acompanha um filme vagabundo, assobiando, vaiando e avacalhando rumorosamente sua administração. Henrique foi meu brinquedo de estimação, nesses mais de cinco anos do seu governo. Já até denominei ele de meu javali preferido, ou seja, meu porquinho predileto.
Em uma semana, Henrique Costa aparecia diante de mim como uma rainha. Em outra, ele assumia a forma de uma princesa. Em outra, de uma besta demoníaca, de uma cobra, de um Javali. Sim, antes que alguém me pergunte, estou fazendo um paralelo pernóstico. Há um Javali na Prefeitura? Talvez eu esteja enganado? Talvez Henrique seja um grande administrador?
Conversei outro dia com um amigo que é jornalista, e ele discordou de minhas crônicas onde critico o governo do Petista Henrique Costa, de uma forma muito elegante, como só um intelectual como ele poderia discorrer em relação ao assunto. Ouvi atentamente cada analise de conjuntura que ele fazia. Ele fez um paralelo entre os governos de Isaias Batista e de Henrique Costa. Não vou entrar no mérito de qual administração foi melhor ou pior. Não cabe a mim fazer isso. Isaias ganhou três e Henrique ganhou duas. Deixo para o povo fazer esse julgamento.
A verdade que os assuntos de minhas crônicas nunca foram propriamente falar do Prefeito Henrique Costa, e sim os instintos malignos que ele era capaz de despertar em cada um de nós. O conformismo. O analfabetismo. O parasitismo. A venalidade. A poltronice. A desfaçatez. Henrique é o símbolo de nossas características mais regressivas, de nosso atraso. Henrique é o nosso mal necessário. Ele vai passar. O que me assombra é o que permanece. Quem vai sucedê-lo?
Os nomes que foram colocados até agora para suceder Henrique Costa, tanto do lado da oposição, quanto da situação são fracos e anacrônicos, ainda não mostraram um projeto de transformação social, capaz de mudar a realidade do nosso povo verdadeiramente. O que vimos até agora foram, pão e circo, como o César fazia na velha Roma, assim nossos postulantes a prefeito estão fazendo em Juruti.
Juruti é uma cidade com pouca opção política, temos apenas dois grupos. Tudo está desenhado para as relações de compadrio, de concessões, de pequenas negociatas.
Alex Mendes – Secretário Geral do PSOL-AM
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